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Fagner Fonseca, é artista profético, tem obra no acervo no SIC Bartão (Museu de Arte Cristã Contemporânea) e participou do 1º Leilão de Arte Cristã do Brasil. Autor dos livros “Arte Profética: 10 princípios para adorar a Deus nas artes visuais” e “1, 2, 3… Artistas: multiplicando artes na igreja para evangelismo e missões”. Lidera o Ministério de Artes da BDN nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, produziu o Workshop de Criatividade e idealizou o evento Art Makers, onde também fez a curadoria das exposições de arte profética. O artista possui prêmios de 1º lugar pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), 3º Lugar na categoria Jovem Arquiteto pela CAA-Turquia; realizou intervenção artística no Bellastock Festival em Ille de Saint Denis (França) e foi premiado pelo MinC como Agente Cultural, e participou de programas de residência em Copenhagen e Amsterdã. Recentemente criou a comunidade digital EXAR - Exército de Artistas, por onde ministra o Curso de Arte Profética e realiza a mentoria de artistas. Pelo seu canal no YouTube e seu podcast, já atingiu mais de 100.000 visualizações.
Meus amigos, fui muito tocado para escrever um pouco da minha história para vocês. Não somente para vocês, mas também uma carta de memórias, da terra para a eternidade de Deus. Muito mais do que uma carta de conquistas, essa é uma carta de gratidão, nela eu antecipo meus agradecimentos ao nosso Criador, por meu nascimento, pela cura recebida e pelo chamado missionário nas artes. Durante a leitura, vocês vão entender melhor o que eu quero dizer…
Desde pequeno sempre fui muito criativo, descobrindo cores e formas quando fazia desenho de observação dos filmes infantis da Disney. Essa curiosidade e fascínio visual acabou revelando algumas áreas da minha personalidade, tais como o meu lado observador, caseiro, quieto e pacífico… Cresci com a natureza daquele que gosta de ficar sozinho no silêncio, observando e descobrindo o mundo através dos meus próprios olhos, observando as coisas através da minha visão, desfrutando prazer através da experimentação visual.
A descoberta pelo prazer visual começou a acontecer com os meus primeiros contatos com os livros infantis ilustrados. Alguns livros de histórias infantis eram comprados pelo meu pai nas bancas de jornais em seu caminho do trabalho de volta pra casa. Comecei a aprender a desenhar observando esse material que, embora bastante básico, foi um grande degrau vencido e aprendido de maneira leve e cheia de amor.
Na época, meu pai ainda jovem, desenhou a planta baixa do projeto da nossa nova casa, e eu tão novinho ainda, tive meus olhos curiosos no desenho das retas arquitetônicas. Meu pai me explicou que seus traços representavam a nossa futura casa que ele ia construir na parte da frente do nosso terreno, e ele tão criativo, havia projetado um aquário embutido na parede! A arquitetura me despertou interesse pela possibilidade de tirar um desenho do papel e trazer ele para o “mundo real”… era como transformar a imaginação em realidade, isso foi fascinante para mim!
Minha mãe também teve um papel fundamental no meu processo de formação. Foi folheando alguns dos livros de técnicas de fotografia que ela possuía, que eu aprendi sobre luz, temperaturas de cor, movimento, enquadramento e muitas outras coisas relacionadas ao ambiente visual. Lembro-me desses livros como se fosse hoje.
Nesses anos, meus pais ainda estavam no processo de conversão espiritual, não eram cristãos, mas começaram a ter os primeiros contatos com a palavra de Deus. Eu acredito de que foram ainda as primeiras orações que eles fizeram nesses anos, que renderam bençãos extraordinárias sobre a minha vida futura, bençãos materiais e intelectuais que eu receberia nos anos seguintes, e vou começar a descrever elas logo a seguir.
O casamento dos meus pais estava sendo conduzido para o fim. Viver a separação foi extremamente dolorido e sofrido para mim. Contudo, a semente de Deus estava plantada em meus pais, e ambos, apesar de separados, teriam suas sementes regadas e brotariam, mas em fé, ambos eram enfáticos em me ensinar a palavra de Deus.
Fui matriculado no Colégio Batista, no qual vivi a maior parte dos meus estudos. Aceitei Jesus com oito anos de idade, e a Sua Presença me ajudou a superar os bullyings que eu sofria durante uma época em que, eu não tinha entendimento sobre o divórcio que estava acontecendo na minha família. Durante o aprendizado das Escrituras no culto escolar, descobri o meu versículo favorito:
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará” - Salmos 37:5
Contudo, a personalidade introspectiva, somadas ao ambiente de separação familiar, foi acentuando características negativas de rejeição e timidez. Foi uma época sensível, onde apesar de alcançar boas notas nas provas escolares, pouco consegui explorar criativamente meus talentos, pois não havia estímulo escolar e nem recurso financeiro para investir em aulas de desenho particulares. Com muito esforço, minha mãe conseguiu investir no curso de língua inglesa com uma vizinha, amiga de igreja, e minha avó me patrocinou para que eu pudesse fazer um curso básico de informática alguns anos depois. Com esses dois instrumentos, eu consegui romper as primeiras barreiras que me foram colocadas devido à frágil situação financeira da minha mãe. Nessa época, ela virava noites trabalhando como costureira para pagar as mensalidades do colégio e garantir uma boa educação para eu e meu irmão. Ela realmente é como a mulher citada Provérbios 31, guerreira, corajosa e exemplar.
A adolescência normalmente é marcada por desvios de comportamento, espírito de independência e tomada de decisões, muitas vezes, irreversíveis, e comigo não foi diferente. Após meu batismo nas águas aos 15 anos de idade, a igreja Batista que eu frequentava e amava foi dividida por um briga entre os membros, e a partir de então, fui me permitindo esfriar espiritualmente.
Aos 23 anos de idade, alcancei um excelente contrato de trabalho em um banco através de concurso público. Embora recebesse um ótimo salário para minha idade, fui sendo roubado pelas festas noturnas com amigos. Pouco a pouco fui sendo conduzido para mais longe de Deus sem mensurar as enormes consequências do desvio espiritual. Embora ainda sentia-me “bastante cristão” durante a adolescência, acabei terminando essa fase da minha juventude de maneira completamente contrária a Deus.
Foi nesse período em que tive minhas primeiras experiências sexuais. Embora ainda bem orientado em construir uma família, minha mente era tentada pela forte cultura machista latina, que prega socialmente que um jovem rapaz não deve se casar cedo, e muito menos virgem. Seguir esse pensamento coletivo com certeza foi um dos maiores erros que eu já cometi na minha vida. Eu tinha o potencial de, ainda jovem, me tornar um grande homem de Deus, cheio da Presença para influenciar centenas de outros jovens brasileiros, mas cai no engano da tentação de buscar experiências sexuais, assim como meus colegas menos orientados faziam.
Embora tivesse tido alguns flertes e algumas “namoradinhas”, acabei experimentando relacionamentos sexuais com outros rapazes. Acredito que o bullying na escola me influenciou negativamente, mas também devo assumir que, fui responsável por nutrir maldosamente um espírito de rebeldia contra meu pai. Escolher a homossexualidade foi uma forma imatura de comunicar a ele que eu estava com raiva das escolhas de vida dele. Ao invés de comunicar a ele os meus sentimentos, de conhecer o coração dele, e até mesmo, de procurar conselhos com pessoas mais maduras sobre como melhorar a relação com meu pai, acabei preferindo erroneamente manter a timidez e a introspecção. Falar teria sido a melhor opção, contudo, escolhi errado e comecei a ser engasgado com sentimentos não identificados, e com isso, colhi consequências seríssimas pela escolha da homosexualidade como forma de expressão, as quais eu vou explicar melhor mais à frente. Surgiu então um grande abismo que não facilitava a união entre minha alma fragilizada, minha natureza masculina em ebulição e o meu espírito enfraquecido de vida.
Apesar de todo esse ambiente de desvio espiritual que estava acontecendo e eu não percebia sua gravidade, a definição sobre cursar a faculdade de arquitetura não era uma dúvida, uma vez que eu havia vislumbrado isso como um sonho na minha vida desde criança. Procurei, contudo, usar a arquitetura para explorar o meu lado artístico, e embora ainda dentro de mim houvesse grande interesse pelas expressões criativas visuais, pouco crescimento eu conseguia dar a minha criatividade até ali. Contudo, aos 23 anos de idade, embora tarde em relação à idade esperada para acessar uma faculdade, já era um milagre cursar a faculdade dos meus primeiros sonhos, e isso estava sendo realizado! Deus é muito bom!
Cursei a melhor faculdade de arquitetura do país, a mesma na qual estudaram todos os maiores nomes da arquitetura brasileira. Ainda nos primeiros períodos da FAU, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, eu tive os meus primeiros projetos acadêmicos reconhecidos e publicados nas revistas semestrais da faculdade. A disciplina de Estudo da Forma Arquitetônica era a minha favorita, seguida logo após pela disciplina de História da Arte e da Arquitetura. Através dessas disciplinas eu conseguia alcançar grande identificação com os pensamentos artísticos, filosóficos e sociológicos que moveram os principais arquitetos influenciadores das gerações anteriores.
Nesse ambiente criativo, eu tive contato com outros estudantes que se identificavam por uma certa vida de liberdade artística, social e também sexual. Nesse ambiente intelectual, distante da influência familiar, iam sendo construídos novos coleguismos, e iam sendo desconstruídos valores espirituais que haviam sido ensinados com muito esforço por meus pais. As amizades foram se transformando em relações sexuais, e essas foram sendo acrescidas de um espírito de independência e amor próprio. Com o tempo, o amor próprio foi se transformando em egoísmo, e o egoísmo foi se transformando em desobediência aos meus pais. O espírito de independência foi me embriagando com altivez, e cai na tentação de me imaginar superior aos demais estudantes, me projetando como um profissional destacado, também alimentado pelos elogios recebidos dos professores que já atuavam em escala internacional.
Durante a fase de faculdade, eu procurei investir o máximo de tempo no meu desenvolvimento intelectual e artístico. Visitei grande parte dos museus do Rio de Janeiro, e em algumas viagens esporádicas para São Paulo, visitava museus, e principalmente as bienais de arquitetura e de artes com assiduidade. Ambas bienais eram referências internacionais em suas respectivas áreas, e por isso, eu procurava reter o máximo de aprendizado através dos projetos profissionais que estavam em exposição. Hoje em dia, vivemos um ambiente cultural bastante diferente e avesso daquele em que eu me encontrava na época, mas vislumbrar uma carreira artística de destaque era extremamente estimulante para mim.
Nessa fase de afastamento e frieza espiritual em que eu me encontrava, a descoberta da arte conceitual e contemporânea gerava inquietação e excitação em minha alma... havia um desejo interno, como se eu quisesse mergulhar na mente e nos sentimentos dos artistas, tentando discernir o que conduzia eles para se expressarem de maneira tão diferenciada. Era como se a minha alma desejasse sondar o ambiente espiritual nas artes. Eu ainda não conseguia entender que era esse o processo que estava acontecendo dentro de mim, mas a minha alma já procurava naquela época os vestígios do Espírito Criador. Embora eu ainda estivesse no ambiente artístico inadequado, a minha alma estava inquieta e tinha sede em buscar entender como acontecia “o nascimento da arte” dentro de uma pessoa…
Essa fase da minha vida foi bastante impactada pela escolha homossexual e pelo esfriamento espiritual e, posso também dizer, pelo desenvolvimento intelectual, que contribuiu para aperfeiçoamento do rigor estético visual.
Durante a faculdade de arquitetura as portas internacionais foram abertas facilmente para mim. Fiz parcerias com outros jovens profissionais, e fui apresentado a professores que me auxiliaram a realizar a minha primeira viagem internacional. Um deles, arquiteto renomado com quem tive um relacionamento por 3 anos, me buscou nas portas do Aeroporto de Londres Heathrow, cidade que era uma das maiores potências na arquitetura contemporânea. Assisti algumas aulas no Royal College of Arts, e tive contato com grandes nomes da arquitetura e do design internacional, o que antes só eram possíveis de conhecer através das capas de revista da biblioteca da universidade. Logo em seguida, Itália, onde além de visitar diferentes cidades, conheci Florença, berço do renascimento artístico mundial. Conhecer essas duas cidades foi marcante e definidor para muitas coisas que iria viver em seguida e não sabia.
Nessa fase houve um romper na minha vida, como se tivessem sido quebradas muralhas enormes dentro de mim que não me permitiam acreditar no meu potencial, eram como se represas de esperança tivessem sido abertas na minha alma. Hoje eu entendo que o processo de romper não é somente uma conquista pontual, mas uma conquista que te enche de autoridade. Ao romper uma barreira interna, você pode usar essa autoridade para romper todas as outras barreiras internas de mesma natureza e realizar uma expansão progressiva na sua vida de maneira extremamente rápida.
O processo de romper barreiras internas é como o de uma represa cheia de águas paradas. A represa são os bloqueios mentais, e as águas representam o seu espírito contido. Uma vez que a represa é destruída, as águas retidas vão fluir livremente. Isso quer dizer que, uma vez que você destrói os bloqueios mentais, seu espírito está liberto para fluir com autoridade, se expandir o máximo que puder, e tomar posse do máximo de territórios que estiverem disponíveis para serem conquistados. Este é um processo de disrupção, onde você interrompe a continuidade de um processo existente através da quebra de uma barreira, assim, permite o surgimento de um novo processo diferente do primeiro. Foi isso que aconteceu na minha vida quando fiz minha primeira viagem internacional, estava rompendo um limite mental interno, que me deu acesso a fazer muitas outras viagens logo nos anos seguintes. Uma forte barreira havia sido destruída e meu espírito estava cheio de autoridade e livre para circular pelo mundo.
[A foto ao lado são as minhas Bíblias e cadernos de estudo]
Quando retornei de viagem, logo dei entrada no meu visto de estudante para retornar à Inglaterra, continuar o relacionamento com o arquiteto inglês e completar meus estudos de arquitetura. Contudo, a negação do visto foi frustrante para mim por um breve momento. Logo em seguida, o relacionamento afetivo foi terminado, e eu entendi que tudo isso havia sido uma permissão de Deus para me frear e impedir danos maiores na minha vida. Ao invés de permanecer frustrado, esses fatos me impulsionaram a não desistir tão cedo de realizar novas conquistas. Fui iluminado pela ideia de esforçar-me ainda mais para realizar projetos de destaque enquanto estudante. Assim, na estratégia de receber notoriedade pública, teria maior facilidade para acessar bolsas e voltar para o ambiente internacional.
Eu tinha a sobriedade de que, mesmo que eu tivesse um histórico de boas notas e bons projetos acadêmicos, o meu esforço natural não seria suficiente para conseguir realizar um trabalho de destaque ainda maior. Coloquei meu espírito em oração ao Senhor, e mesmo que ainda frio espiritualmente, Ele me escutou. Em uma determinada noite no início do último ano de faculdade, sonhei com o projeto de arquitetura que eu precisava desenvolver. Comecei o trabalho de projetar o edifício que havia visto no meu sonho, e colocar ele no papel, assim como via meu pai fazer quando eu era criança. Essa foi uma das minhas primeiras experiências proféticas, quando recebi uma mensagem espiritual dada por Deus em minha mente, um projeto de arquitetura para ser desenhado, uma visão mental para ser trazida à terra e ser executada. Desenvolver a inspiração profética foi um sucesso, pois o projeto recebeu prêmio de 1º lugar pelo Instituto de Arquitetos do Brasil no Rio de Janeiro, na categoria “Arquiteto do Amanhã”, e também foi publicado no jornal “O Globo”, de grande circulação nacional.
[A foto ao lado são algumas perspectivas que produzi para meu projeto acadêmico premiado]
A vivência da homossexualidade foi ganhando mais espaço na minha vida. Já não eram mais somente nos chats on-lines do computador de casa que eu usava nicknames para viver uma identidade que não queria expor publicamente, mas a independência financeira foi um fator que me permitiu sair da casa da minha mãe e ir morar sozinho. Em meu novo apartamento, a prática sexual era aumentada gradativamente, na mesma proporção que crescia a carência emocional e a necessidade de amar e ser amado. Embora procurava um parceiro fixo e não ter um, a necessidade de preencher um vazio interno, me faziam buscar relações sexuais diárias com pessoas desconhecidas. Muitas das vezes, a aceitação de relações sexuais arriscadas eram erroneamente vividas como votos de confiança nos parceiros, contudo, logo mais à frente descobria que existia mentira. Estava preso em um ciclo de carência, compulsão e desesperança.
No começo da vida sexual, sempre achamos que estamos no controle dos nossos relacionamentos e do nosso corpo. Contudo, existe um momento em que percebemos que estamos sendo controlados pelos nossos sentimentos. Acredito que hoje em dia, entendo bem melhor o que é uma cegueira espiritual, o que naquela época eu achava que sabia, mas não.
Fui diagnosticado com transtorno de ansiedade, já quase beirando ataques de pânico, e tendo a compulsão sexual como uma válvula de escape emocional. É fácil de entender o que estou falando se você imaginar um filme tendo um ninfomaníaco como personagem principal, ou clinicamente falando, um compulsivo sexual, o que era pessimamente torturante de ser vivido: corria muito riscos para ter poucos minutos de prazer; a tristeza depressiva era camuflada socialmente nos momentos de festa com bebidas e drogas; a independência do morar sozinho aumentava a solidão; não me abria com conselheiros espirituais maduros por vergonha travestida de orgulho, me impedindo de acessar o perdão de Deus; acusações que vinham na minha mente e me mantinham algemado ao pecado diariamente. Hoje em dia eu consigo descrever essas coisas com clareza, mas na época em que eu vivia, não conseguia encontrar sozinho o mecanismo obsessivo que estava instalado na minha mente como uma bomba relógio em contagem regressiva.
Aos 26 anos fui diagnosticado com HIV. A notícia me abalou profundamente, era como se minha vida tivesse acabado ali, eu fiquei sem chão, em total desespero dentro do quitinete, sentindo-me sozinho e sem futuro. Não consegui imaginar como seria viver. A dor multiplicou dentro de mim a desesperança, a solidão, a carência, a rejeição... Contudo, apesar da infeliz escolha de viver longe da minha família, ainda tinha perto de mim Jesus, que podia ser acessado através de uma oração de rendição verdadeira. Foi nesse momento que, pela primeira vez, experimentei colocar todo o meu coração numa oração sincera a Cristo, e isso transformou completamente minha realidade. Abri o meu coração para Jesus, e clamei pela cura total. Falei todas as verdades e insatisfações que achava ter na minha vida, todas as dores e dúvidas que durante anos não tinha resposta foram expostas, assim como faz um jogador que desiste do jogo e coloca todas as cartas expostas sobre a mesa. Declarei a Jesus a minha impotência, e pedi como prova de sua existência a cura do HIV. Irreverentemente coloquei Jesus à prova através desse grande ato de desespero, quando estava afogando em dor e pecado. Isso foi como uma última tentativa de receber alguma esperança de cura, pois cria que Jesus existia e que Ele pudesse realmente me socorrer. Jesus não olhou para minha falta de modos e nem apontou a minha ignorância e incredulidade. Jesus assistiu tudo em silêncio, enquanto Seu Espírito fortalecia o meu e me conduzia na oração que implorava por um toque sobrenatural. O choro da dor foi confundido com o choro da cura. Torturado pela dor deitado e gemendo sobre o colchão no chão da quitinete, as lágrimas e o suor que eu expelia foram usados com canais para expelir todos os vírus de HIV do meu corpo. Jesus estava operando dentro de mim e me fazendo nascer de novo. Foi como uma operação magnífica, feita por um cirurgião conduzido pelo amor de um pai que deseja ter o seu filho de volta, e que não media consequências para dizer a ele: Eu te amo.
[A foto ao lado são dos exames com resultado HIV reagente]
Seis meses depois, recebi o diagnóstico de que havia sido curado. Sem tomar qualquer remédio ou coquetel, o vírus foi eliminado e expelido completamente do meu corpo, de maneira cientificamente inexplicável. Essa era a prova que eu tinha pedido a Deus, e Ele me fez experimentar a Sua infinita misericórdia. Jesus foi desmedidamente bondoso comigo. Ele não tinha nenhuma obrigação de me curar. Ele já havia feito a prova de Sua existência: Seu sacrifício na cruz já era a melhor prova de Seu amor por mim. Ainda assim, ele fez mais do que era necessário para me conquistar de volta. Eu estava completamente errado, tendo relações sexuais de maneira completamente inadequadas, quebrando várias orientações bíblicas sem medir consequências. Não havia motivo para que Jesus viesse a me curar, simplesmente porque eu não merecia. Não foi por justiça aos atos de santidade que eu não tinha... Mas Jesus ouviu aquela oração, Ele não a negou. Ele usou Sua misericórdia para me tirar daquele calabouço de sofrimento. Esse é um dos dias mais inesquecíveis da minha vida, literalmente, Jesus me curou.
A partir dessa data, procurei dar um novo sentido a minha vida, afinal, tinha acabado de nascer de novo. Tomei a decisão de largar a homossexualidade e me tratar psicologicamente. Fui abençoado por Deus com empregos, recursos e uma terapeuta comportamental cristã. Comecei a frequentar o grupo de anônimos DASA (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos), e também, procurar nas igrejas, programas de readequação comportamental para homossexuais. Apesar do esforço, não estava conseguindo me libertar. A abstinência sexual funcionou bem para mim até certo ponto, mas teve o fato dela conduzir a compulsão para outras áreas da minha vida: esporte, comida, bebidas, drogas, trabalho... Comecei a ficar exagerado em todas essas áreas. A somatização também veio através de labirintites, alergias, faringites, gastrites e outras doenças… as noites de insônia eram diárias, a compulsão não conseguia ser contida… eu estava aprisionado dentro do meu corpo e não sabia como vencer. Ainda assim, viver a abstinência sexual era menos pior e menos devastador do que manter a prática homossexual descontrolada. Mas, sem eu saber como, Jesus estava preparando a resposta que viria logo em seguida, nos próximos anos, que pareciam nunca chegar. Após a cura, Ele estava preparando a minha libertação da compulsão sexual.
[A foto ao lado é o exame de sangue mais recente, comprovando a cura]
Enquanto eu vivia todos os processos espirituais em secreto, lutando contra compulsões e dores na alma, vivia também em paralelo uma fase de conquistas na vida profissional. As conquistas que vou descrever a seguir, eram uma tentativa de construir um legado social e deixar uma marca positiva na vida das pessoas. Contudo, elas também foram usadas por Deus para me ajudar a investir ainda mais esforço no meu processo com Cristo, me levando a cidades globais, que carregavam registros da história de Cristo na terra.
O esforço aplicado na realização do trabalho final para graduação, junto com a realização de competições estudantis renderam parcerias profissionais, seguidas de prêmios nacionais e internacionais. O trabalho final de graduação em que fui sido premiado continuou rendendo visibilidade em outras mídias e, passei a acreditar no meu potencial para realizar mais projetos de excelência e de relevância social.
Aos 28 anos, conquistei o terceiro lugar na categoria de Jovens Arquitetos Internacionais pela Câmara de Arquitetos de Antalya, na Turquia. Visitei a cidade para receber o prêmio, e também tive a oportunidade de conhecer Capadócia e Istambul, cidades por onde passaram os cristãos que fugiram da grande perseguição romana. Conheci tumbas, cavernas e igrejas, marcadas com pinturas dos primeiros cristãos em perseguição. Era minha primeira viagem ao Oriente Médio, e saindo da Turquia, era tentador estar tão perto da Cidade Santa e não visitá-la. Chegando ao país judaico por Tel Aviv, dirigi-me de trem ao meu destino: Jerusalém. Preciso dar especial destaque a essa última cidade que, definitivamente mudou minha vida. Experiências fortes com Espírito Santo foram vividas na cidade que, ainda carrega o perfume da unção de Cristo de maneira impactante e indescritível. Sem dúvida nenhuma, foi a viagem mais importante que fiz, e também, a cidade mais importante que conheci em toda minha vida, um sonho realizado.
Ainda vivendo o processo do romper internacional, logo em seguida visitei Copenhague para realizar parte dos meus estudos de mestrado, passando também por Oslo, capital da Noruega e Malmo na Suécia. Todas essas, consideravelmente importantes para conhecer, cidades que são referências históricas internacionais no design de móveis. Ainda na mesma viagem, fui conduzido para um programa de residência artística na Holanda. Tive a grande experiência de viver o ambiente de imersão artística na mesma casa em que estavam com outros destacados artistas brasileiros contemporâneos. Pude conhecer seus processos criativos e acompanhar a produção de suas artes e das intervenções urbanas que foram realizadas aqueles dias. Fiz um registro de fotos que foram para exposição no Kraaiannest Rooftop, uma galeria temporária construída ao ar livre para o evento de arte. A vivência na residência artística também me conduziu a visitar as cidades de Roterdão e Berlim, ambos lugares marcados por projetos de destaque nas artes e arquitetura. Em Berlim, fui fortemente marcado pela visita ao Museu Judaico, e me aproximei emocionalmente ao povo judaico, o qual aprendi a sentir a sua dor, o que para mim era inicialmente muito distante.
Aos 30 anos de idade, coloquei-me a viver uma inédita experimentação no envio de projetos de arte ao Ministério da Cultura do Brasil. Fui presenteado por Deus com patrocínios para realizar intervenções artísticas na l'Île Saint-Denis, comuna vizinha de Paris, essa última a qual me cativou bastante pela sua grandiosidade e elegância. Nessa viagem, embora eu estivesse respirando o refinamento, senti em meu interior um desejo atípico de viver o contraste do urbanismo europeu. Fiz uma viagem a Marrakesh, no Marrocos, e percebi que tinha muito a aprender também com a cultura oriental. Essa rápida viagem foi extremamente rica culturalmente, onde pude entrar em contato com a arquitetura e as belas artes árabes. Visitando museus, conheci a história da vida nômade da antiguidade, cultura essa que ainda é fortemente valorizada pelos árabes. Fui muito ativado pela lembrança da vida de nosso pai na fé, Abraão, e também, aprendi a valorizar ainda mais a vida no deserto e a travessia em tendas durante o Êxodo do Egito.
Nova York foi uma das últimas viagens internacionais que fiz. Na capital da megalópole mundial, pude visitar eventos de arte, musicais, museus, e vivi uma diferente experiência artística em minha alma. Mitos foram quebrados e códigos ocidentais foram enfraquecidos quando visitei o centro financeiro do mundo.
Embora todo esse ambiente de romper na área internacional e intelectual, falar da minha área emocional não era algo que também me dava tanto orgulho. A homossexualidade ainda estava acontecendo, eu não conseguia me dominar completamente. Tentava relacionamento com mulheres, mas frequentemente caía com pornografia e eventualmente com homens. Havia uma batalha espiritual interna gigantesca dentro de mim. Depois da cura milagrosa, eu estava vivendo mais outros seis anos tentando escapar da homossexualidade para viver a liberdade de Deus, a qual eu não sabia como encontrar. Nesse período de crescimento, ainda buscava em relacionamentos afetivos, o que eu não sabia que só podia encontrar plenamente em Deus: amor, paz, alegria e confiança... ao todo, foram 16 anos de experiências fracassadas.
Inconscientemente, eu fazia uma espécie de substituição, onde exibia minhas conquistas com orgulho no lado profissional, para que as pessoas não vissem as perdas e frustrações no lado emocional. Por mais que o ambiente intelectual e artístico fosse intenso e deslumbrante, não conseguia me preencher completamente. Muitas dessas viagens eu fiz de maneira temporariamente feliz, mas buscando usar elas para responder perguntas que eram internas e profundas na minha alma. Perguntas essas que, haviam sido geradas pela fuga do meu relacionamento com Deus.
O resumo dessa estação foi que, embora eu ainda não conseguisse concentrar meus olhos em Cristo, ele teve misericórdia de mim durante todos esses anos, me permitindo atravessar uma fase de perdas emocionais, escondidas atrás de conquistas profissionais. Somado à esse discernimento emocional, o discernimento intelectual me expandia para o outro lado: o mundo havia se tornado “pequeno”. Eu havia recebido até aqui, acesso enorme a cultura global, com experimentação prática de uma vida cultural através das artes. Creio que esses marcos de maturidade precisavam ser implantados dentro de mim, para que eu pudesse almejar novas conquistas que pudessem depender disso.
A entrada no Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 me permitiu explorar todo meu potencial técnico e criativo em um ambiente profissional internacionalmente relevante. Tive o privilégio de coordenar diferentes equipes de arquitetos para a instalação de todo Look of the Games na principal zona de realização dos jogos olímpicos: o Parque Olímpico da Barra da Tijuca e seus estádios. Com certeza essa foi uma oportunidade única na minha carreira, no qual ainda guardo muitas memórias.
Fui morar em São Paulo para me casar com uma jovem psicóloga. Nos dávamos muito bem, ela conhecia boa parte do meu histórico, e também me amava bastante. Contudo, a doença da compulsão sexual era realmente patológica, e eu não consegui me manter estável sexualmente. O nosso relacionamento terminou e, alguns meses depois, eu acabei me envolvendo com um jovem rapaz alguns anos mais novo que eu. Moramos juntos em meu apartamento no Rio de Janeiro, que ele gostava bastante. Desenvolvemos uma relação muito forte, a ponto de não usarmos mais preservativos durante aproximadamente 1 ano juntos. Ao fim desse período descobrimos que ele estava com HIV, o que foi uma surpresa também para ele.
O inimigo do meu passado voltou à tona com mais força, tentando assombrar novamente, mas dessa vez, eu sabia que Jesus é real. Eu fui fazer um novo exame de sangue, e por mais um milagre de Deus, eu não havia sido contaminado. Diferente do livramento de 7 anos atrás, eu não apresentei resultado positivo, e foi uma surpresa para nós dois. Tentei apresentar Jesus a ele, e contei a ele o meu testemunho, falando que Jesus poderia curá-lo assim como fez comigo. Ele não conseguiu desenvolver a fé mas creio que a semente foi plantada. Nosso relacionamento terminou alguns meses depois, quando ele fez as malas e decidiu ir viver essa fase da sua vida sozinho.
Esse último fato aconteceu logo após a entrega do maior e mais relevante projeto da minha carreira de arquiteto. Percebi mais uma vez que eu estava andando imaturamente. Eu tinha dado brechas ao inimigo sem perceber, e ele estava tentando usar a mesma armadilha anterior para roubar a minha vida.
[A foto ao lado é um troféu de vidro recebido na Turquia, que eu mesmo quebrei em casa com um martelo, declarando o fim de uma fase de orgulho e o início de uma fase de rendição.]
Quando meu último parceiro sexual saiu de casa, decidi entregar-me completamente a Jesus. Eu sabia que, se eu não fizesse isso, poderia não ter uma nova chance de viver antes de retornar mais uma vez ao ciclo de compulsão sexual. Ajoelhei-me no chão próximo à cama e fiz uma oração de rendição total. Agora, não era mais uma entrega parcial como foi antes, mas uma entrega total, para que Deus assumisse o controle de todas as áreas da minha vida:
“Jesus, eu não sei mais o que fazer. Não posso continuar como estou e não sei como parar o mal que domina meu corpo. A partir de hoje, eu vou fazer exatamente tudo que estiver escrito na Bíblia Sagrada. Não sei se terei outra tentativa antes de morrer, eu não tenho mais opções do que fazer e nem para onde ir. Já procurei amigos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas e grupos, já tive indicações para internação e remédios, e nada funcionou eficazmente. Eu preciso de você. Eu faço tudo que você quiser, peço somente que me liberte da compulsão sexual que eu não aguento mais viver. Eu não tenho outra escolha, eu vou morrer se eu continuar vivendo como estou... Talvez minha vida dure mais seis meses ou seis anos, mas não existe mais para onde eu ir… A partir de hoje, eu me rendo e faço tudo que você quiser.”
Após essa oração, exatamente de 1 segundo para o outro, eu havia sido liberto. Contudo, somente tomei conta disso nos dias seguintes, quando percebi que eu não estava mais dominado pelas forças compulsivas, e não tinha tido relações sexuais nos dias que se passavam. Tudo estava realmente controlado e dominado. Glória a Deus! Ele fez mais uma vez!
Aproximadamente uma semana depois da minha oração de rendição total, em Dezembro de 2016, fui na Conferência Profética e, algo que não havia sido previsto por mim aconteceu: o toque de Deus me chamando para Sua missão. Fui surpreendido, quando tive um despertar gerado pelo Espírito Santo. Ele me conduziu ao pensamento de investir os meus próximos anos de vida em conquistas que fossem verdadeiramente relevantes. Não se tratava mais de investir em relacionamentos para satisfazer uma carência emocional, nem tão pouco, de fazer projetos bonitos pelos quais eu recebesse elogios e aprovação das pessoas. Se tratava de investir toda a minha vida no único projeto relevante: ter um relacionamento profundo e eterno com Deus.
Eu estava tendo um despertar espiritual, tomando uma decisão movida pelo toque da fé ensinada por Jesus Cristo. Eu estava decidindo pausar todas as conquistas das histórias vividas, para resolver uma área da minha vida que estava sem respostas há anos. Por mais que eu tivesse a cultura religiosa de fazer orações rápidas e conhecer alguns textos bíblicos, eu nunca havia me entregue completamente a Deus numa experiência profunda e comprometida. Contudo, esse era o princípio elementar do meu versículo favorito, aquele que ainda não havia sido vivido por 33 anos de maneira completa:
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará” - Salmos 37:5
Esse despertar fazia todo o sentido. Porque de fato, apesar de uma carreira de sucesso, muitas coisas na minha vida ainda pareciam sem sentido e vazias. Até então, eu havia chegado no ápice da minha carreira na arquitetura, rompido em muitas áreas, tive conquistas que muitos de meus companheiros profissionais demonstravam querer ter, mas eu não me sentia completo... Algo estava fora do lugar, e o que estava fora de lugar era o meu posicionamento no meu relacionamento com Deus.
O toque de Jesus na minha vida foi muito forte. Graças à misericórdia de Deus, desde então tenho vivido uma vida sem queda na área sexual: sem pornografias, sem fornicações e sem práticas semelhantes. Através do toque do Espírito, eu recebi fé suficiente para realmente dar uma pausa da minha carreira profissional, para realmente refletir sobre o que Deus queria dali para frente. Nesse processo de consagração espiritual que, inicialmente imaginei ser algo por volta de seis meses, fui sendo surpreendido pelas deliciosas experiências de amor com o Espírito Santo. Assim como prolongar a lua de mel de um recém casado, o prazo inicial que era de seis meses foi sendo estendido, e estendido, e estendido… completei 7 anos de conversão e de uma vida entregue a Deus em Dezembro de 2023.
Sou muito abençoado na igreja em que estou hoje, pois nela eu pude ser desenvolvido em diferentes ministérios. Para citar alguns deles: Liderança de célula, Ministério de Zeladoria, Comunicação, Fotografia e TV, Ministério Nova Vida (cura da alma), Ministério de Eventos, Núcleo Missionário na Rocinha, Ministério de Reparos, Evangelismo, Ministério de Intercessão, visitas a centro de recuperação de dependentes químicos, visitas à asilo, e por último, mediação e inclusão de crianças no Ministério Infantil. Todos eles vividos de maneira intensa e com aprovação nos processos espirituais. Um dos último deles, fui agraciado por Deus para o Diaconato, o qual ainda estou aproveitando e amando bastante!
Creio que o Espírito me conduziu por todos esses ministérios para que eu pudesse aprender um pouco das diferentes funções e moveres espirituais que são experimentados em cada um deles. Na vivência dos ministérios, tive a oportunidade de treinar um pouquinho de cada um dos 5 chamados: mestre, pastoral, evangelista, profético, e também, o apostólico. Tem sido uma honra poder ser preparado por Deus em todas essas diferentes áreas, que são muito demandadas para o Ministério de Artes. O Ministério de Artes é um tipo de aglomerador de todos os chamados citados, pois nele nós ensinamos, pastoreamos, evangelizamos, profetizamos e enviamos artistas. Creio que esse tempo de preparo e discipulado foi essencial para que eu pudesse estar vivendo hoje, o chamado profético nas artes.
Nesse período de discipulado e crescimento, eu pude olhar para dentro de mim mesmo e encher o espaço vazio com a presença do Espírito de Jesus Cristo. Através Dele, tive a revelação do meu chamado quando fui lembrado de uma profecia que recebi quando ainda tinha aproximadamente 6 anos de idade. Visitei com o meu pai uma pequena igreja de bairro na periferia do Rio de Janeiro, e num culto feito por um pastor cheio do Espírito Santo, recebi a declaração profética de que eu fui gerado para: “Trazer o Reino de Deus a terra”. Outra parte do meu chamado também veio por outra palavra revelada, mas dessa vez, durante minhas leituras diárias de estudo da Bíblia, quando Espírito me tocou na leitura do Evangelho de Lucas: “Habilitar para o Senhor um povo preparado”. Com isso, eu já tinha algumas definições do que Deus esperava para mim. Contudo, ao perguntar a Deus sobre o meu retorno para a área de arquitetura, Ele respondeu que estava me chamando para as Artes.
O Espírito de Deus me comissionou para executar um novo projeto Dele. Agora, não é mais um projeto meu ou de outras pessoas para alimentar vazios humanos, mas um projeto Dele para encher as almas de vida na terra. A partir dessa convicção, iniciei uma investigação profunda nas Escrituras para entender as artes de maneira bíblica. Consagrei-me através de inúmeros processos de orações e diferentes tipos de jejuns. Assim, o Espírito de Deus foi me ensinando a ler nos céus os segredos de Deus para esse tempo.
Essa é a maneira como eu fecho essa carta de gratidão a Deus. Apesar de muitas histórias tristes, a vitória do Senhor Jesus Cristo foi incomparavelmente maior. Por mais que o inimigo das nossas almas tenha tentado destruir a minha vida, não conseguiu. Estão registrados aqui algumas das principais provas de amor de Cristo por mim. Contudo, segue registrado no meu coração, a dívida eterna e impagável que tenho em Cristo. A minha vida está sendo escrita nos céus, e o testemunho de amor, fé e santidade é a carta viva que está sendo escrita diariamente na terra, como prova de amor a Cristo.
Hoje eu tenho a convicção do propósito da minha vida: ser um verdadeiro filho de Deus na terra. Sou um filho comissionado para liberar o poder de Deus na terra e habilitar um exército de artistas. Estamos vivendo uma batalha na terra, e as recompensas dessa guerra são as vidas que foram afastadas do Pai. Milhares de pessoas, almas perdidas, sedentas pelo encontro com o Amor e a Paz de Deus. Almas que precisam ser conduzidas de volta para Seu Criador, e serem cheias da verdadeira vida, na fonte inesgotável que está exclusivamente em Jesus Cristo.
Minhas artes estão sendo expostas em galerias, outras estão sendo vendidas no meu site. O meu trabalho faz parte da minha missão em Cristo. O meu chamado e todo o meu propósito de vida estão agora dedicados exclusivamente a cumprir um desejo de Cristo: ir pelo mundo, encontrar os filhos perdidos de Deus e levá-los de volta ao Pai.
Que recados eu posso deixar para você?
Bem, o primeiro deles, assim como diz o Salmos 37:5, aquele citei acima, se entregue exclusivamente a Deus e confie Nele com todas as suas forças, e Ele vai fazer muito mais do que o que você pode imaginar.
O segundo recado é para você não dar tanta importância caso você tenha começado a sua vida com falhas e desvios no percurso. Isso não significa que você vai terminar a sua vida mal ou que as coisas darão errado para sempre. Entenda que, cada “não” recebido na sua vida vai conduzir você de volta para o centro do seu chamado, e isso vai acontecer até o cumprimento total dele.
Creio que, o terceiro recado é que, se você viver o processo de romper, em qualquer área da sua vida, você não vai estar vivendo simplesmente uma única conquista, mas sim, vai receber autoridade que te dará acesso para viver muitas outras inúmeras conquistas na mesma área.
O quarto recado é para você não desistir da sua vida com Deus, muito menos do seu chamado. E, caso você não saiba qual é o seu chamado, mergulhe no Espírito de Deus, e busque conhecer Ele com toda a sua força de vida. Coloque seu coração nisso, coloque Ele como sua principal prioridade de vida. Nesse relacionamento, vivendo isso como um casamento eterno, Ele também mostrará o coração Dele para você, e o verdadeiro propósito da sua vida na terra será revelado.
2024, Brasil, Morar Mais Rio de Janeiro, Exposição de aquarelas digitais em ambientes decorados
2024, Brasil, Um Olhar Sensível, Curador da exposição fotográfica e lançamento de livro
2024, Brasil, Galeria Victor Hugo, 1º Leilão de Arte Cristã do Brasil, 2 obras em leilão
2024, Brasil, Art Makers - Bola de Neve - Filial da Zona Sul do Rio de Janeiro, Curador, Expositor e Produtor
2023, Brasil, Curadorado pela Urban Arts, Galeria On-line de Belas Artes
2023, Brasil, Bola de Neve - Filial da Zona Sul do Rio de Janeiro, Exposição Bola Arte
2023, Brasil, SIC Bartão - Museu de Arte Contemporânea Cristã, Exposição O Jovem Rico
2012, França, Festival de Arquitetura de Bellastock: Revitalização usando materiais reciclados
2011, EUA, Archiprix Architecture International 2011. MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts
2011, EUA, MIT (Massachusetts Instituto de Tecnologia), Archiprix International
2011, Brasil, FIRJAN, Semana Global de Empreendedorismo pela Shell Live Wire Competition
2010, Turquia, Câmara de Arquitetos de Antalya, 5o Encontro Internacional de Jovens Arquitetos
2010, Dinamarca, Galeria de Arte Gallopperiet, Bottom UP – Uma Janela de Esperança
2010, Holanda, Flatstation, Exposição Kraaiennest
2009, Brasil, Opera Prima, Seleção do Projeto de Graduação das Melhores Finais
2009, Brasil, Ygor de Vetyemy Architecture, Reunião de Jovens Arquitetos
2011, Brasil, 4o Lugar. Competição de Jovens Empreendedores. Shell Live Wire International.
2011, Brasil, Selecionado. Intervenções Urbanas e Branding. Incubadora de Projetos Rio Criativo. Departamento de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.
2010, Turquia, 3o Lugar. 5a Reunião Internacional de Jovens Arquitetos. Câmara de Arquitetos de Antalya.
2009, Brasil, 1o Lugar. Prêmios Jovens Arquitetos. Instituto de Arquitetos do Brasil.
2024, Um Olhar Sensível, Curador da exposição fotográfica e lançamento de livro
2024, Art Makers, Curador de Artes Visuais, Bola de Neve - Filial da Zona Sul do Rio de Janeiro
2023, Exposição Bola Arte, Curador de Artes Visuais, Bola de Neve - Filial da Zona Sul do Rio de Janeiro
_ 2012, Brasil, prêmio concedido pelo Ministério da Cultura do Brasil, como “Jovem Agente de Cultura”
_ 2012, França, patrocinado pelo Ministério da Cultura do Brasil, para apresentação de “Revitalização usando materiais reciclados” no Bellastock Architecture Festival
_ 2010, Dinamarca, patrocinada pelo Ministério da Cultura do Brasil, para apresentação de “Espaços Abertos em Christiania” na Galloperiet Art Gallery
_ 2009, Brasil, Bolsa concedida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), para produzir a pesquisa do Mestrado “Praia de Copacabana: eventos no espaço público”
_ 2009, Brasil, patrocinado pelo CNPq. Programa de Iniciação Científica na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
2024, Brasil, Art House - Idealização e Produção
2010, Holanda, Art Station - Projeto de Arte
2010, Dinamarca, Pesquisador em Residência em Christiania
2019-2024, Brasil, Ministério de Artes, Bola de Neve Zona Sul Rio de Janeiro
2012, França, Bellastock Architecture Festival (França): Revitalização usando materiais de reciclagem
2009, Brasil, HVA (Holanda) + UFRJ (Brasil): Reabilitação da Favela de Mangueira
_ FONSECA, Fagner. Arte Profética: 10 princípios para adorar a Deus nas artes visuais. Rio de Janeiro, 2022
_ RUSSO, Carolina. Alter City. ARQA.com. Buenos Aires. 21 de maio. 2012
_ Labcom-USP. III CINCCI - 3a Reunião Internacional sobre Comércio e Cidades, Universidade de São Paulo, Brasil, 2010
_ PROURB. I ENANPARQ - Reunião Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo: arquitetura, cidade, paisagem e território: rotas e perspectivas. Rio de Janeiro, 2010
_ SAUCEDO, Christian. Dance Dense Copacabana. Nait5. Cidade do México. 07 de setembro de 2010
_ GERK, Cristine. Piscina Natural para a Favela do Alemão. Jornal O Dia. 10 de março de 2010;
_ FREITAS, Ystatille. Aparthotel temporário construído com materiais reciclados para o Rio de Janeiro. Jornal O Globo. 1o de setembro. 2009
_ Revista NS Shell. “Jovens Inivadores”. Rio de Janeiro. Junho/Ago 2012. Ed. nº 385. 6p.
_ LIMA, Ludmila de. “Arquitetos e planejadores urbanos criticam a estética dos novos edifícios que se levantam na Cidade Nova”. Jornal Globo. Rio de Janeiro, 23 Ago.2011. Caderno Rio, p.12
_ Revista Academia, vol. 9. Rio de Janeiro: FAU-UFRJ. Edifício Ataulfo de Paiva. 2007
_ Revista Academia, vol. 7. Rio de Janeiro: FAU-UFRJ. Controle Social no Palácio do Catete. 2005
_ Revista Academia, vol. 6. Rio de Janeiro: FAU-UFRJ. Casa Conceitual. 2004
2021-2024, Artista Visual
2018-2020, Designer Gráfico- CICC Rio de Janeiro
2014-2016, Coordenador de Produção Visual nas Instalações dos Jogos - Rio 2016 Olympic & Paralympic Games
2013-2014, Arquiteto Sênior - Gad Retail & Branding
2010-2013, Arquiteto - Crama Design, Rio de Janeiro
2009-2010, Junior Architect - JMA Arquitetura, Rio de Janeiro
2009-2010, Mestrado em Urbanismo. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Brasil.
Bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)
2006, Intercâmbio Acadêmico. Royal College of Arts. Reino Unido.
2003-2008, Graduação em Arquitetura e Urbanismo. UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Brasil
2015, Proteção de Marca - pelo COI Rio 2016
2015, Acessibilidade nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 - pelo COI Rio 2016
2015, Cultura, valores e ética - pelo COI Rio 2016
2015, Diversidade e inclusão - pelo COI Rio 2016
2015, Liderança nos Jogos - pelo COI Rio 2016
2015, Treinamento de instrutores - pelo COI Rio 2016
2015, ISO 20121 Planejamento e operação de eventos com impacto social e ambiental reduzido e legado positivo para a sociedade e a cidade-sede - pelo COI Rio 2016
2015, Segurança no local de trabalho como prática de cidadania - pelo COI Rio 2016
2015, Segurança da informação - pelo COI Rio 2016
2015, Sustentabilidade nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 - pelo COI Rio 2016
2015, História dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos - pelo COI Rio 2016
2013, Gerenciamento de Projetos (Seminário PMI/PMBOK) - pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro
2011, Empreendedorismo e Gestão - pela Shell Live Wire International + Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS)
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